terça-feira, 25 de agosto de 2015

Noite do lançamento de "Esporte e mídia"


Lançamento de “Esporte e mídia” na segunda-feira, 24 de agosto, contou com a presença do teórico alemão Hans Ulrich Gumbrecht, que brindou os presentes com uma palestra que teve como tema a singularidade do drama no estádio.

Na apresentação, o professor Ronaldo Helal explicou que conheceu Gumbrecht durante a Intercom, em 2012. No encontro, Gumbrecht indagou a Helal sobre a então terceira passagem de Joel Santana no comando do Flamengo, surpreendendo pela percepção apurada sobre o que estava ocorrendo no futebol brasileiro.

A concepção de “Esporte e mídia” veio de uma sugestão do doutorando orientado pelo Helal, Fausto Amaro, que percebeu o quanto o pensamento de Gumbrecht vem sendo utilizado para reflexões sobre o esporte. Gumbrecht sentiu-se honrado com a proposta da publicação e manifestou essa satisfação em sua palestra no auditório da pós-graduação da Comunicação:  “É fantástico ter um livro publicado no estrangeiro sobre o meu trabalho”, agradeceu.


Gumbrecht adiantou que está trabalhando em sua segunda obra sobre o esporte. Dessa vez, ele enfocará a questão do drama, que foi um tópico que considerou não haver sido encampado pela proposta de seu outro livro sobre o tema, “Elogio da beleza atlética”.

Em sua palestra, ele levantou pontos como o conceito de agon, termo em grego que se refere à luta pelo domínio, à vontade de vencer, um instinto presente nas competições. E também teceu considerações sobre o estádio como espaço destinado ao ritual esportivo. A torcida, que acompanha o time do coração mesmo nas piores derrotas, torna-se um corpo místico, que se propõe destituído de individualidades.

Para Gumbrecht, a despeito uma determinada equipe ser fraca tecnicamente, o torcedor continuará sempre acreditando que no próximo campeonato, “a verdade será estabelecida”, com uma conquista triunfal de seu time. Para o teórico alemão, ao contrário de fãs de música, que podem abandonar um artista, o torcedor é sempre fiel. Ele relembrou que, ao fazer críticas à seleção brasileira, em um artigo publicado na Folha de São Paulo, recebeu milhares de mensagens. Algumas dizendo coisas como "americano não entende nada de futebol".

Ao final da palestra, os presentes no Auditório fizeram perguntas, demonstrando o quanto o esporte continua a ser um dos assuntos mais fascinantes do mundo moderno. Talvez por tangenciar outras áreas como cultura, política, finanças, artes...

Saiba mais sobre o Esporte e mídia: novas perspectivas – a influência da obra de Hans Ulrich Gumbrecht neste link.




   Apuração e fotos: Ricardo Zentgraf, Christiane Lagun.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Gumbrecht faz palestra em lançamento de Livro da EdUERJ

Na próxima segunda-feira, 24 de agosto, a Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (EdUERJ)  lança Esporte e mídia: novas perspectivas – a influência da obra de Hans Ulrich Gumbrecht, organizado por Ronaldo Helal e Fausto Amaro. O lançamento conta com a participação de Gumbrecht, ministrando a palestra A singularidade do drama nos estádios.  O evento será às 18h no Auditório do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social, na Uerj, campus Maracanã.

O livro Esporte e Mídia traz 11 artigos com reflexões sobre o mundo do esporte que se utilizam, em alguma medida, das contribuições do pensamento gumbrechtiano. São abordados aspectos como o engajamento das torcidas, a transmissão televisiva, a experiência estética do futebol no cinema brasileiro e o fascínio da seleção brasileira.

Gumbrecht assina o capítulo “Perdido numa intensidade focada: esportes e estratégias de reencantamento”, publicado originalmente na revista Aletria (letras/UFMG) e cedido pelo autor para publicação pela Editora da Uerj. Vale ressaltar que, ao contrário de pensadores que consideram o esporte alienante ou descartável, por se fixarem uma leitura do paradigma de indústria cultural da Escola de Frankfurt, Gumbrecht elenca aspectos estéticos e culturais de atividades como o futebol, sugerindo novos campos de pesquisa.




Palestra de Gumbrecht: A singularidade do drama nos estádios.
Dia: 24 de agosto (segunda-feira); às 18:00h. 
Local: Auditório do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, 10º andar, sala 10121. Prédio João Lyra Filho, na Uerj  
Rua São Francisco Xavier, 524 - Maracanã).
Contato: imprensa.eduerj@gmail.com - (21) 2334.0721
               

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

EdUERJ: promovendo o legado de Euclides da Cunha

Lançamento da EdUERJ em 2015
Como correspondente do jornal O Estado de São Paulo, Euclides da Cunha acompanhou e pesquisou, com propriedade, a guerra de Canudos, assunto que viria a ser tema de sua principal obra. Os sertões, publicado em 1902, trata desse episódio marcante da história brasileira, ocorrido no interior da Bahia. Considerada uma das principais narrativas em língua portuguesa, transita entre a ficção e o relato histórico, tendo influenciado nomes ao redor do mundo. Um livro que desbrava o cenário sertanejo, marcado por desigualdades sociais, configurando-se uma incursão literária pródiga em detalhes regionais e aspectos antropológicos. Guiada por uma construção espetacular em língua portuguesa,  a obra já seria suficiente para que o autor escrevesse o seu nome no panteão dos gigantes da literatura brasileira.
Contudo, quis o destino que Euclides também se tornasse um personagem, um mito. Um homem que morreu assassinado ao vingar-se do amante da esposa. Como em uma tragédia grega, seu filho também foi abatido ao tentar vingar, anos mais tarde, a morte do pai.

Euclides, o autor, tornou-se Euclides, o personagem dos outros: de roteiristas (como o de uma minissérie que passou na Globo há anos) ou dos cidadãos e jornalistas que alimentaram a lenda. Felizmente, seu legado intelectual superou o rastro deixado por sua tragédia, pois a história de sua vida veio a reforçar o interesse pela sua obra. Coloque “Euclides da Cunha” em um site de busca. A resposta chama-se “Os sertões”, ponto em comum distribuído nas páginas que surgem quando se procura por seu nome. Mas não para por aí.Euclides está nas livrarias, na prateleira das casas e também nas escolas. A EdUERJ já havia lançado “Euclides para jovens leitores” agora lança “Euclides, mestre-escola”, livro organizado por Anabelle Loivos Considera, Anélia Montechiari Pietrani e Luiz Fernando Conde Sangenis.
Grande parte dessa obra parte da experiência obtida no projeto de extensão “100 anos sem Euclides”, unindo, desde 2008, a UFRJ, a UERJ e o Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência.


“Euclides, mestre-escola” divide-se em três partes. A inicial traz ensaios diversos que abordam a ligação entre o célebre autor e a educação e aponta iniciativas pedagógicas inspiradas por ele. Por exemplo, conta-se a respeito das atividades do projeto de extensão “100 anos sem Euclides”, com a proposta de articular ações sociais, culturais e educativas no município de Cantagalo. Outro ensaio apresentado na primeira parte do livro trata do desafio de oferecer os textos euclidianos aos estudantes. Os alunos muitas vezes têm dificuldades com o estilo rebuscado do autor. Cabe ao professor dirimir as dúvidas.

Na segunda-parte, os capítulos abordam aspectos diversos da obra de Euclides, como sua poesia, seu estilo literário, o engajamento social, e sugere também pontos em comum entre os textos de Euclides e obras atuais. Há mesmo um capítulo que tece paralelos entre “O sertões” e “Cidade de Deus”, o livro de Paulo Lins.

Por fim, a terceira parte, “Crônicas históricas da memória cantagalense”, é dedicada ao local que marcou a infância do escritor.

A soma desses ensaios interessará a educadores, professores e também estudantes de letras, apontando pistas para seja compreendida a importância de sua contribuição para a cultura brasileira.

O retrato do Brasil: novas leituras da política externa brasileira

A diversidade encontrada nas regiões brasileiras torna as nossas diferenças, nas mais variadas dimensões, objeto de atenção e estudo de um amplo espectro de interesses, refletidos no Atlas da política externa brasileira, que oferece novas leituras da política externa brasileira, do ponto de vista econômico, político, social, cultural e ambiental.

Realizado através de uma parceria entre o Ateliê de Cartografia de Sciences Po e do Labmundo-Rio (grupo de pesquisa do CNPQ, vinculado ao IESP-UERJ), o Atlas da política externa brasileira reuniu profissionais de ciência política e relações internacionais, da geografia, da história e da sociologia, de dois países, Brasil e França.

Concebido por esses pesquisadores com base em leituras e interpretações críticas, o Atlas da política externa brasileira retoma, aprofunda e aplica à política externa conceitos, noções e métodos. A obra trata da inserção do Brasil no cenário mundial, ao mesmo tempo em que considera as mudanças nas escalas de espaço e tempo, identificando e analisando nossas dimensões territoriais e reticulares.

Além da narrativa plástica da linguagem dos mapas, seu pioneirismo está refletido naquilo que seus idealizadores decidiram mostrar e comparar. Os cinco capítulos temáticos dão conta de eventos, processos, dimensões quantitativas e qualitativas, que podem abarcar uma centena de anos, com a concisão permitida pelo recurso imagético, ao mesmo tempo em que processos muitas vezes tratados na atualidade são colocados em perspectiva histórica.

O retrato do Brasil que emerge dessa publicação é o de um país diverso e complexo, uma democracia de massa, com uma política externa diversificada, com todas as credenciais de ser um modelo para os países do Sul.


Por Carmem Prata
Jornalista, estuda tecnologias de comunicação e cultura. 
Trabalha em editora desde 2003 e estuda o livro e a escrita desde 2008.
@carmem_prata

Atlas da política externa brasileira
Autores: Carlos R.S. Milani, Enara Echart Muñoz, Rubens de S. Duarte e Magno Klein
ISBN: 978-85-7511-370-7
Nº de Páginas: 152

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Marca: do marketing ao balanço financeiro


Para onde olhamos, elas estão presentes: Boeing, Coca-Cola, McDonald’s, Intel, Sony, Apple. É uma invasão no trabalho, nos momentos de lazer, 24 horas por dia, sete dias na semana. A atribuição de valor financeiro ao que hoje representa o mais relevante dos ativos ditos intangíveis, as marcas comerciais, é uma questão que estimula a realização de pesquisas multidisciplinares.

Marca: do marketing ao balanço financeiro, que a EdUERJ agora apresenta, é um estudo executado por  Mariza Branco Rodrigo de Freitas e Manoel Marcondes Machado Neto,  sobre o valor econômico e contábil das marcas, visto em um momento de mudanças das normas contábeis no Brasil, devido à adoção do International Financial Reporting Standards (IFRS), exigindo que as marcas estejam devidamente destacadas no balanço financeiro das empresas, de seus produtos ou serviços.

Realizado no âmbito do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Finanças da UERJ, fundamentado em uma pesquisa exploratória, este estudo utiliza dados obtidos por entrevistas presenciais e análises comparativas divulgadas por 31 marcas brasileiras, além de apresentar um caso de rebranding, ainda inédito no Brasil, da transição da marca Andersen Consulting para a marca Accenture.

As marcas comerciais, uma invenção humana com menos de 150 anos, objeto-desafio diante dos gestores, colocam-se como fronteira da globalização contábil-financeira. Como explicar Sadia e Perdigão juntas? Ou mesmo Nestlé e Garoto? Como avaliar esse valor, se o marketing já não é mais o mesmo, atravessado por disciplinas, como design de produto, logística ou branding, a mais poderosa delas.  

Diante dessa complexidade, estudos acadêmicos advindos de uma área que produz e exporta tecnologia contábil são mais que bem-vindos. Marca: do marketing ao balanço financeiro tem como objetivo contribuir para minimizar as discrepâncias verificadas entre valores contabilizados para as marcas e os seus valores ditos de mercado.


Por Carmem Prata
Jornalista, estuda tecnologias de comunicação e cultura. 
Trabalha em editora desde 2003 e estuda o livro e a escrita desde 2008.
@carmem_prata

Marca: do marketing ao balanço financeiro
Autores: Mariza Branco Rodrigo de Freitas, Manoel Marcondes Machado Neto
ISBN: 978-85-7511-367-7
Nº de Páginas: 380
R$ 48,00

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Euclides: mestre-escola tem lançamento e mesas de debates programados

O lançamento do livro Euclides: mestre-escola já está marcado. O evento conta, também, com uma programação imperdível. Confira:

Programação - 
Dia 19 de agosto (quarta-feira)

Mesas redondas 

16h - "Poéticas Euclidianas” com os professores: Leopoldo Bernucci, Maria Olivia Garcia Ribeiro Arruda e Regina Abreu.

17h30 – “Escritas Euclidianas” com os professores: Aleilton Fonseca, Godofredo de Oliveira Neto e Noilton Nunes.

19h – Lançamento do livro Euclides: mestre-escola, organizado por Anabelle Loivos Considera, Anélia Montechiari Pietrani e Luiz Fernando Conde Sangenis (EdUERJ, 2015).


Local: Pen Clube - Praia do Flamengo, 172 - Flamengo, Rio de Janeiro.
Tel.: (21) 2256-0461.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Ensaios debatem o esporte sob a perspectiva de Hans Ulrich Gumbrecht

Hans Ulrich Gumbrecht é considerado um dos mais importantes intelectuais alemães da atualidade. Com formação em teoria literária, sua atuação abrange diversas disciplinas, como história e filosofia, demonstrando-se sensível também aos fenômenos esportivos do mundo contemporâneo. Por sua complexidade, seu legado também se faz útil à área de comunicação, o que pode ser constatado em Esporte e mídia: novas perspectivas – a influência da obra de Hans Ulrich Gumbrecht, livro organizado por Ronaldo Helal e Fausto Amaro, lançamento da Editora da UERJ.

A obra traz 11 artigos com reflexões sobre o mundo do esporte que se utilizam, em alguma medida, das contribuições do pensamento gumbrechtiano. São abordados aspectos como o engajamento das torcidas, a transmissão televisiva, a experiência estética do futebol no cinema brasileiro e o fascínio da seleção brasileira.

Gumbrecht também assina o capítulo “Perdido numa intensidade focada: esportes e estratégias de reencantamento”, publicado originalmente na revista Aletria (letras/UFMG) e cedido pelo autor para publicação pela EdUERJ. Em sua reflexão, ele procura entender por que o esporte tem um apelo tão forte. Em sua visão, o espetáculo esportivo consegue dissociar-se do cotidiano, construindo instantes de epifania, como o da bela jogada, que “começa a desaparecer no exato momento em que acontece”. Nessa perspectiva, a atividade esportiva remete à procura da superação de limites pessoais e à busca pela perfeição, viés que muitas vezes se sobrepõe ao da competição. A experiência estética do esporte é ressaltada, indo em direção oposta à dos intelectuais que desconfiam de manifestações oriundas das classes mais populares ou daqueles que acreditam só ser possível encontrar valor artístico em museus e galerias.

Ao contrário de pensadores que consideram o esporte alienante ou descartável, por se fixarem em uma leitura do paradigma de indústria cultural da Escola de Frankfurt, Gumbrecht elenca aspectos estéticos e culturais de atividades como o futebol, sugerindo novos campos de pesquisa. Nessa empreitada, alia o domínio em teoria literária a sua experiência tão ampla quanto diversificada como espectador de eventos esportivos. Sua observação muitas vezes é feita a partir de uma perspectiva kantiana, mas sem se limitar a ela.Vale ressaltar que o trabalho intelectual de Gumbrecht abrange múltiplos temas, em áreas diversas, podendo ir da política a questões relativas à cultura, esporte ou à filosofia. Entre os seus livros está “Corpo e forma”, de 1998, lançado pela EdUERJ.

O lançamento de Esporte e mídia está em sintonia com o momento por que passam os fenômenos de característica midiática. O compartilhamento de vídeos, as crescentes comunidades de fãs virtuais e a possibilidade de manusear material audiovisual no metrô ou no ônibus, por intermédio de smartphones, ocasionaram uma estimulação de tal amplitude que alavanca os atletas a astros populares, redimensionando a importância dos esportes em nossas vidas.  Para os estudiosos da comunicação, analisar a interface esporte e mídia em nossa época é um desafio que se faz cada vez mais premente.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Euclides, mestre-escola

Esta obra, nascida da iniciativa dos professores Anabelle Loivos Considera, Anélia Montechiari Pietrani e Luiz Fernando Conde Sangenis, demonstra a vitalidade de um dos maiores escritores brasileiros. O esforço empreendido reúne pesquisadores de vários lugares do Brasil, para dar conta da complexidade do perfil intelectual, profissional e artístico do autor. 

Euclides, mestre-escola reúne 16 textos, em um hibridismo de aproximações críticas e abordagens temáticas, ensaios acadêmicos, relatos de experiências pedagógicas e crônicas sobre o passado cantagalense, que propiciam uma diversidade de leituras e ângulos a partir dos quais obtemos um testemunho sobre a obra e a memória de Euclides da Cunha. 

A abordagem sobre o projeto “100 anos sem Euclides” revela atividades culturais e acadêmicas mantidas junto a comunidades locais do município de Cantagalo, divulgando a memória do autor e o conhecimento sobre a sua obra para diferentes camadas da população em geral, bem como para estudantes de nível médio e fundamental. 

Temas preciosos para Euclides da Cunha são revisitados por leituras novas e criativas, que retomam as discussões sobre a associação entre ciência e arte, a questão da linguagem de Os sertões, a literatura de cordel, as manifestações religiosas nos sertões, Canudos, a cidadania e a denúncia social. 

Promover a pesquisa sobre a vida e a obra do escritor Euclides da Cunha, valorizando esse espaço de análise e crítica sociocultural, é reconhecer a nossa própria história. Assim, ao retomar a obra de Euclides da Cunha, espera-se ampliar o reconhecimento do Brasil, a partir de uma ótica crítica.

Por Carmem Prata
Jornalista, estuda tecnologias de comunicação e cultura. 
Trabalha em editora desde 2003 e estuda o livro e a escrita desde 2008.
@carmem_prata



Euclides, mestre-escola
Orgs.: Anabelle Loivos Considera, Anélia Montechiari Pietrani, Luiz Fernando Conde Sangenis 
ISBN: 978-85-7511-373-8
Nº de Páginas: 354