Homenageada
pela Flip de 2016, a poeta Ana Cristina Cesar deixou uma produção
poética que, não só merece a atenção dos amantes do gênero,
como coloca-se como generosa fonte para estudos literários.
Compartilhar reflexões sobre a obra da autora e manter a chama do
debate acerca de sua obra é o grande mérito de “Sereia de papel –
visões de Ana Cristina Cesar”, organizado por Viviana Bosi, Álvaro Faleiros e
Roberto Zular, lançamento da Editora da Uerj.
O
livro diferencia-se de outros por oferecer uma visão multifacetada
de Ana Cristina Cesar. A publicação da EdUERJ, evidencia mais do
que a qualidade da obra de uma poeta, oferece também um olhar
analítico sobre as investidas de Ana Cristina Cesar como crítica
literária, ensaísta ou tradutora.
A
compreensão da proposta poética de Ana C. também é uma maneira de
saber mais sobre os caminhos da poesia contemporânea que se formaram
a partir daquele cenário brasileiro em ebulição dos anos 80. Para
isto, colaboram os ensaios assinados por Viviana Bosi, Annita Costa
Malufe, Roberto Zular, Maurício Salles Vasconcelos, Andréa Catrópa,
Michel Riaudel e Álvaro Faleiros, e a introdução assinada por
Italo Moriconi.
Não
é raro que pessoas decidam estudar os poemas de Ana Cristina Cesar
com intuito de compreender a pessoa cuja sensibilidade e os conflitos
encurtaram a própria vida. A leitura de “A sereia de papel”, no
entanto, mantém a discussão em um tom adequado: afasta-se de
mitificações, detendo-se com sobriedade nos emaranhados propostos
por sua arte. A seriedade dos ensaios valoriza, sobretudo, os
contornos do legado da poeta, incentivando novos estudos e
interpretações.
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