quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Livro da EdUERJ em destaque em seminário na Itália

A Embaixada do Brasil em Roma, em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro e com a Universidade de Roma Tor Vergata, realiza, no dia 2 de fevereiro, o Seminário Turismo e Território no Brasil e na Itália.
O evento terá início às 10h30, no Palazzo Pamphilj, na Embaixada do Brasil, em Piazza Navona 10, Roma.
Durante o seminário haverá o lançamento, na Itália, do livro Turismo e território no Brasil e na Itália: novas perspectivas, novos desafios, edição bilíngue publicada pela EdUERJ. A obra resultou de um trabalho em cooperação entre o Instituto de Geografia da UERJ, por meio de seu Departamento de Turismo, com a Universidade Tor Vergata (Roma 2).



Os professor Glaucio Marafon (UERJ), também Editor Executivo da EdUERJ, e Marina Faciolli (Universidade Tor Vergata), responsáveis pela organização do livro, e o professor Aniello Angelo Avella, (UERJ) autor do prefácio, participarão do seminário em mesa redonda que conta ainda com Stefano Landi (Università Luiss Guido Carli ) e Giuseppe Imberdi (Universidade de Roma “La Sapienza”).

Natureza, cultura, patrimônio e turismo serão temas abordados pelos participantes, em um evento que celebra as afinidades culturais, ao mesmo tempo que intensifica a troca de experiências entre os dois países.


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Mais 3 títulos para a EdUERJ Digital

Ano novo com novidades! A EdUERJ vai disponibilizar alguns títulos que estavam esgotados. A primeira leva será já no dia 3 de fevereiro,com três títulos gratuitos na seção EdUERJ Digital.  Os livros foram escolhidos por serem procurados pelo público, mas estarem fora de catálogo. Segue a lista abaixo para você conferir:




Fundamentos de estratigrafia moderna
Jorge C. Della Fávera (autor)

Propõe-se a divulgar e consolidar conhecimentos sobre tema de enorme importância para a análise de bacias sedimentares e para a prospecção de hidrocarbonetos. O autor, com experiência prática, tanto como geólogo da Petrobras como de professor de Estratigrafia da UERJ, organiza as informações de forma didática, mas com o aprofundamento necessário ao tema pesquisado. O conteúdo estabelece-se como uma relevante contribuição para a literatura especializada de Geociências, ainda carente de livros em português.









Fundamentos da microscopia

Luiz Henrique Monteiro Leal (autor)

Livro recomendado para estudantes de cursos cujas atividades necessitam de microscópio, e para profissionais que utilizam a microscopia em sua rotina de trabalho. Com esse objetivo, aborda os princípios básicos da microscopia de luz, da microscopia eletrônica e do processamento de imagens. O autor observa também a história e o desenvolvimento do microscópico e apresenta informações sobre equipamentos e técnicas como a microscopia confocal, a microscopia digital e a microscopia analítica. Para facilitar, há um glossário com palavras e termos relacionados ao tema. 



História das relações internacionais - Teoria e processos
Mônica Leite Lessa
Williams da Silva Gonçalves (organização)

Os capítulos expressam as diferentes pesquisas realizadas pelos professores do curso de especialização de história das relações internacionais da UERJ. Reflete sobre as relações com base no interesse nacional em promover o desenvolvimento, discutindo não só o lugar que o país ocupa na estrutura do sistema internacional, mas temas como equilíbrio de poder para manutenção da paz mundial, poder bruto e poder brando, interdependência complexa, globalização e estabilidade hegemônica.

O site da EdUERJ Digital pode ser acessado pelo link:





sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

EdUERJ com novo site!

A Editora da UERJ estreou seu novo site logo no início de 2016. A despeito do endereço permanecer o mesmo, o novo layout agora é mais responsivo, podendo ser melhor captado por telas de celulares, tablets e outros dispositivos tecnológicos. Outro atrativo é a ferramenta de busca por palavras ou termos relacionados a um livro do catálogo. A funcionalidade não existia na versão anterior do site.

A criação do novo site ficou a cargo dos programadores visuais André Thiago Netto e Júlio Nogueira. Para André Thiago, a nova homepage tem a vantagem de ser mais dinâmica, o que facilita a rápida atualização de conteúdos, trazendo para os usuários informações com mais velocidade. Além disso, foi concebida para dialogar com o mundo digital representado pelas diferentes redes sociais. Com um clique o usuário pode compartilhar com outros internautas, no seu Facebook, Twitter ou Pinterest, algum livro da EdUERJ que tenha chamado a sua atenção.

Para Júlio Nogueira, essa integração às redes sociais permitirá que a EdUERJ perceba com maior clareza a reação aos livros publicados, podendo manter um relacionamento mais dinâmico com o público ou com leitores em potencial. Ele destaca a facilidade de atualização, uma vez que não é necessário conhecimento de linguagem html.

Há de se ressaltar que o site anterior cumpriu bem a sua função e representou dignamente a editora por décadas, só saindo do ar por conta das novas demandas que vieram com as redes sociais, smartphones e as novas possibilidades da internet. Heloisa Fortes, programadora visual aposentada da EdUERJ, foi responsável pelo projeto gráfico do site original. Ela relembrou aqueles tempos: “Fizemos junto com a equipe da Diretoria de Informática (Dinfo) e também sob os critérios de uniformidade da Diretoria de Comunicação Social (Comuns), que buscava um padrão comum a todos os sites da UERJ”. Não foi um processo fácil: “Tudo era novo... a linguagem, os bancos de dados... demorou um ano até ficar pronto”.

O site que agora entrou no ar, embora com novos recursos, mantém-se em atualização e está aberto ainda a possíveis melhorias, de acordo com o feedback proporcionado por leitores, autores e público.

Visitem-nos: www.eduerj.uerj.br

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Livro analisa o viés utilitarista da religião em áreas periféricas

Neste 21 de janeiro – data dedicada, desde 1949, à comemoração do Dia Mundial da Religião –, relembramos o livro Razão para crer: agência cultural no movimento evangélico latino-americano, de David Smilde, editado pela EdUERJ em 2012.

Publicado originalmente em inglês, o título recebeu o Distinguished Book Award, em 2008, da American Sociological Association, na categoria Sociologia da Religião, e foi finalista do Clifford Geertz Book Award, em 2009.

David Smilde inicia o primeiro capítulo com uma provocação: "É possível decidir crer?" E por que nem todos – inclusive entre os que experimentam o mesmo contexto social e problemas similares – o fazem? O autor procura suas respostas recorrendo ao diálogo entre correntes teóricas variadas.

O livro apresenta uma rica etnografia, construída a partir de três anos de observação participativa em áreas de Caracas marcadas por pobreza e violência. A instigante reflexão teórica sobre mudança cultural através da conversão em igrejas pentecostais conduzida por Smilde analisa o viés utilitarista da religião, por oferecer suporte social e outros instrumentos de enfrentamento a situações de risco. Por exemplo, o ambiente religioso desestimula o consumo de álcool e outros entorpecentes – o qual, no contexto da periferia urbana, costuma atingir níveis incapacitantes, exacerbando a pobreza e o conflito familiar.

Embora baseadas em uma pesquisa realizada em Caracas, a discussão e as conclusões apresentadas são pertinentes à realidade de outros países da América Latina, inclusive o Brasil, onde também há proliferação de igrejas pentecostais em áreas violentas e pobres.

A edição brasileira é enriquecida com apêndices, glossário de palavras espanholas, índice remissivo e fotos, coloridas e em alta resolução, feitas pelo autor.

Por Thayssa Martins, graduanda de Letras – Inglês/Literaturas na UERJ e estagiária da EdUERJ.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A mulher nos anos 60: uma perspectiva de gênero

Eu tinha examinado e conheço a tese de mestrado de Lia. Como essa mulher cresceu! E como é que ela encontrou espaço e tempo para crescer? Lia mãe; Lia avó; Lia professora; Lia andando mundo afora, em Paris, Portugal; Lia que virou líder das professoras socialistas desse mundo. Lia fez tudo e Lia cresce e Lia estuda e Lia escreve cada vez mais claramente.

Darcy Ribeiro



Em Ideologia e utopia nos anos 60: um olhar feminino (1997), Lia Faria retoma, de forma inquietante e questionadora, as profundas mudanças sociais pelas quais as mulheres passaram na década de sessenta. Reconhecendo o magistério como uma possível força domesticadora e o viés alienador de novas gerações de sua condição de “tia-professora”, sob o risco de levar para as salas de aula sua própria submissão histórica, a autora abre espaço para uma nova mulher, consciente e militante. “Política é coisa de homem?”, indaga, já no título do primeiro capítulo. Não é.

Ao perceber que, a partir de seu inventário como educadora e professora de História, poderia analisar ideologias políticas sob uma perspectiva de gênero, Lia Faria não foge ao dever para com sua classe (afinal, em uma abordagem materialista, gênero também é classe) e desconstrói a naturalização das relações de poder entre sexos, afirmando que masculino e feminino não passam de criações sociais. Embora alinhada ao socialismo, Lia não poupa da crítica esse regime econômico: a opressão de gênero se processa nele tanto quanto no capitalista. E Lia é antes mulher.

Para Lia, ao sair, nos anos sessenta, da esfera privada familiar e ingressar na pública – através da escolarização, do trabalho ou da militância política –, a mulher avança em seu processo de emancipação. Esse processo, porém, não é homogêneo e se realiza principalmente na mulher de classe média para cima. A oriunda das classes populares, enfrentando opressões interseccionadas – de classe, de gênero e, muitas vezes, de raça –, não vivencia o mesmo processo de profissionalização. É talvez reconhecendo, como boa marxista, sua responsabilidade para com essa mulher periférica e vulnerável que Lia Faria desconstrói a força alienadora de seu papel de “tia-professorinha”: é preciso não reproduzir em sala de aula sua própria domesticação sistemática.

Se, em O segundo sexo (1949), Simone de Beauvoir estabelece que a construção dos papeis de gênero da sociedade patriarcal faz do homem “o Sujeito, o Absoluto”, e, da mulher, “o Outro”, em Ideologia e utopia nos anos 60: um olhar feminino, Lia Faria subverte a lógica social. Já que, conforme Beauvoir, “Nenhuma coletividade se define como Uma sem colocar imediatamente a Outra diante de si”, Lia propõe que a mulher reconheça o homem como o Outro. Repensar o imaginário social, arquitetado pelo Outro, ou seja, por homens, tornaria mais evidente o processo de alienação da mulher – um importante passo para resgatar uma identidade sequestrada.

A mulher já não é mais "a dócil e casadoura professorinha" dos anos sessenta. Se, no final da década de noventa, Lia Faria afirmou que o novo estava “no silêncio rompido pelo grito e pela dor feminina” que invadiam “em cores e a cabo os corações e mentes”, hoje esse grito ecoa ainda mais alto em high definition pela grande rede. O grito da mulher derrubará muros. E Lia insiste: comecemos pelos da escola. Afinal, já é tempo de essa instituição “despertar para a questão de gênero e incorporá-la às suas preocupações”. Ideologia e utopia nos anos 60: um olhar feminino traz a abordagem materialista da teoria de gênero para o contexto brasileiro e é uma leitura indispensável para a professora contemporânea que deseja construir, a partir de uma revisão histórica, uma atuação em sala de aula mais política e consciente.

O livro está disponível gratuitamente para download no site da EdUERJ.

Por Thayssa Martins, graduanda de Letras – Inglês/Literaturas na UERJ e estagiária da EdUERJ.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Em cerimônia, novo diretor da EdUERJ é empossado

Na quarta-feira, 13 de janeiro, às 10h, realizou-se na Capela Ecumênica da Uerj, a cerimônia de posse dos novos sub-Reitores, diretores dos Centros Setoriais, do Hospital Universitário Pedro Ernesto, do Centro de Produção da UERJ, da Rede Sirius e dos dirigentes da Administração Central

Em sua fala, novo Reitor eleito, professor Ruy Garcia Marques, prometeu, para o quadriênio que se inicia em 2016, uma universidade calcada em três alicerces: o diálogo, a transparência e a informação. Ao término, manifestou o apreço por encontrar a Capela Ecumênica lotada, com a presença de professores, funcionários e alunos, prova de apoio da comunidade da Uerj.


Momento da posse do professor Glaucio Marafon























O novo diretor da Editora da UERJ, professor Glaucio José  Marafon foi empossado oficialmente. Ele já participava da vida da EdUERJ, como integrante do Conselho Editorial e também como autor e organizador dos livros Turismo e território no Brasil e na Itália – novas perspectivas, novos desafios (Lançado em 2015 e também organizado por Marcelo Antonio Sotratti e Marina Faccioli) e Pesquisa qualitativa em geografia – reflexões teórico-conceituais e aplicadas (lançado em 2013 e também organizado por Júlio Cesar de Lima Ramires, Miguel Angelo Ribeiro e Vera Lúcia Salazar Pessôa).

Em breve, postaremos aqui mais informações sobre os projetos futuros da EdUERJ.

 Fotos tiradas por Júlio Nogueira, André Thiago Netto e Mauro Siqueira.





segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Livro reafirma pioneirismo de Carl Einstein nos estudos da arte africana

Um livro lançado no final de 2015 que merece destaque pela seriedade do tema e pela abordagem, que poderá servir como referência para estudos da arte, de história e até mesmo de disciplinas como antropologia, sociologia e outras. Trata-se de “Carl Einstein e a arte da África”, organizado por Elena O’Neill e Roberto Conduru. É o tipo de publicação que funciona como um estatuto de cidadania e um libelo contra antigos estigmas preconceituosos que durante muito tempo foram associados à arte e culturas africanas.


Carl Einstein foi escritor, pesquisador e historiador, assim como tradutor, editor e ativista político na Europa durantes as primeiras décadas do século XX. O seu pioneirismo nos estudos da arte pode ser conferido no lançamento da EdUERJ, que traz os textos produzidos pelo pesquisador sobre esculturas e objetos africanos e os contrapõem a ensaios de outros estudiosos.


Na primeira parte, o livro, organizado pela uruguaia Elena O’Neill e pelo brasileiro Roberto Conduru, apresenta uma coletânea de textos de Carl Einstein que exerceram um papel fundamental na inauguração dos estudos sobre a arte da África como fato estético. Nesse sentido, o que se percebe, no material publicado em livros e revistas na Alemanha e na França entre 1915 e 1930, é o esforço empreendido para livrar a arte africana da categoria preconceituosa de “primitiva” e de incluí-la na história universal da arte com os atributos que lhe foram negados pela ideologia colonialista veiculada pelo discurso da missão civilizadora.  


A segunda parte do livro é constituída de textos que abordam o autor e a sua obra, fazendo uma releitura de seus escritos. O artigo de Roberto Conduru destaca a natureza parcial da obra do crítico alemão e a boa recepção às suas análises no Brasil, país que recebeu uma parte da população em foco. O artigo de Elena O’Neill identifica armadilhas na formulação de conceitos utilizados por Einstein utilizados em diferentes contextos. A publicação é enriquecida por contribuições de Liliane Meffre, José Gomes Pinto, Ezio Bassani, Jean-Louis Paudratt e introdução de Kabengele Munanga.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Livro traz práticas em saúde da família no SUS

No Brasil, é relativamente pequeno o número de profissionais que trilham os caminhos da pós-graduação voltada para a Atenção Primária de Saúde na Estratégia da Saúde da Família. Apresentar os relatos desses profissionais é o mérito de “Intervenções possíveis no território – Práticas em saúde da família no SUS”, lançamento da Editora da UERJ organizado por Paulo Roberto Volpato Dias, Márcia Maria Pereira Rendeiro e Marcelo Henrique da Costa.

A proposta da obra é descrever experiências de intervenção em saúde da família a partir de projetos de conclusão do curso de especialização de saúde da família da UNA-SUS/UERJ nos últimos anos. O livro traz também a produção de docentes da faculdade de ciências medicas, enfermagem e odontologia da Uerj, responsáveis pela coordenação das áreas temáticas.

Os capítulos apresentam vivências que abordam temas como a formação do enfermeiro; o diálogo entre os saberes e práticas dentro da formação em saúde da família; a evolução do ensino a distância em odontologia no Brasil; o estresse ocupacional dos trabalhadores de enfermagem; a violência intrafamiliar ao idosos e o papel da estratégia saúde de família; além de outros temas não menos importantes.

Outro aspecto a se destacar é que a publicação remonta à experiência de construção e implementação da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS/UERJ), projeto do Ministério da Saúde cuja finalidade é atender às necessidades de capacitação e educação permanente dos trabalhadores do sistema único de saúde, por meio de desenvolvimento da modalidade de educação a distância.

A participação da Uerj em projetos como Pró-Saúde e Telessaúde, assim como sua expertise em educação a distância e em gestão em Saúde da Família, foram fatores decisivos para que a instituição fosse convidada a ser parceira do Sistema Único de Saúde. O desafio era enfrentar uma das maiores dificuldades do SUS: formar e capacitar profissionais de saúde, conforme descrito  nas Diretrizes Curriculares Nacionais (2002), com as competências necessárias para atuação na Atenção Primária à Saúde.  A implementação da UNA-SUS/UERJ é tema do capítulo assinado por Paulo Roberto Volpato Dias e Márcia Maria Pereira Rendeiro.


O livro da EdUERJ aponta nove propostas de intervenção no território, de caminhos possíveis para a resolução de problemas em diversas realidades locais e de sua aplicabilidade, que constituem fonte de consulta e de novas possibilidades de atuação. Indicados para profissionais e estudantes ligados à área de saúde, trata-se de uma obra que contribui para o debate e para a circulação de ideias sobre a construção de novas agendas de educação permanente.